28.2.08

súbito

Tão em cima da hora quanto o anúncio, o desanúncio: Rodrigo não vai mais tocar no super Dia da Rua hoje! Mas ainda tem Os Outros, Bonde Som, VulgoQuinho... Apareçam!

27.2.08

música boa na rua


Já é amanhã, 5a feira, dia 28: 14 bandas e um artista plástico em esquinas de Ipanema e Leblon, às 19h30 em ponto. Ótima música com Bonde Som, Os Outros, VulgoQuinho e os Caras, Zarvoleta Blues Band...

Mas eu recomendo mesmo é a esquina da Farme de Amoedo com Visconde de Pirajá, onde vai tocar o Rodrigo Bittencourt, que eu nem preciso mais explicar, preciso? Quem achar que sim, passe aqui. Até lá!

17.2.08

no meu livro novo tem

6 desertos
17 amores
26 medos!
9 desejos
7 filhos
48 eus
18 palavras
3 raivas
7 sonhos
7 mulheres
9 quandos
21 casas!
9 homens
16 noites
11 mundos
5 tardes
15 dias
4 erros
4 solidões
9 silêncios
3 ruas
8 crianças
1 surpresa
1 loucura
1 romance
1 coração
1 pessoa
2 angústias
0 carinho
0 maravilha
0 nitidez

12.2.08

enquete

Entra no livro ou não entra, Lombardi?
“Miguilim contava, sem carecer de esforço, estórias compridas, que ninguém nunca tinha sabido, não esbarrava de contar, estava tão alegre nervoso, aquilo pra ele era o entendimento maior.” (Guimarães Rosa, in Manuelzão e Miguilim)

O silêncio tem suas portas
O medo cria suas cobras
O dentro é de onde se olha
Bicho pronto pra morder

Quem vive sempre aparece
Quem espera ainda alcança
Devagar se vai ao longe
Mas hoje é preciso correr

Tem uns dias que são brancos
Tem gente que fere e cala
As noites todas têm alma
Pra quem olha e sabe ver

Embaixo de tudo é fome
Nos cantos mora o perigo
Quem deseja o proibido
De prazer pode morrer

O fundo é onde é molhado
Toda rede tem embalo
Qualquer casa é um castelo
Pra quem a souber encher

Menino que perde dente
Gente velha que ainda mente
Toda história tem semente
Se quem ouve quer dizer

E o verso que aqui se espalha
É como no boi a cangalha
Só o vaqueiro encantado
Pode libertar você.

1.2.08

poema com historinha

Não quero ser o Big Simpatia
A pele fina por debaixo da couraça

Não quero ser rainha da tristeza
Nem rei da dor ou outro título do inglês

De onde olho há o caminho andado
E vejo as mil curvas pela frente:

Podem ser estrada de Santos
Podem ser labirinto de Creta
E pode ter monstro
E pode ter novelo
E se o fio vai ser forte só na hora eu vou saber

Mas choro minhas dúvidas sem economia
Na hora da dor, lágrimas
Na hora de viver, pernas pra que te quero e mãos à obra

Se for imagem, filme
Se for palavra, poesia



(Big Simpatia é um personagem de um conto que meu pai escreveu muito antes de pensar em ter filhos, e que eu nunca li, só ouvi ele contar. Era um cara magrinho, fracote, que sonhava em ser grande e forte. Um dia um circo passa pela cidade, ele vê um cara que se apresenta com uma armadura e acha a solução pros seus problemas: veste a armadura e nunca mais tira. Por anos ele fica sendo o grandão-fortão que sempre sonhou, até que um dia se cansa daquela imagem e resolve voltar um pouco a ser ele mesmo. Quando ele tira a armadura, percebe que a sua pele ficou tão fina que qualquer carinho a arranha, porque ele ficou tão encantado com aquela falsa fortaleza que não se deu conta de que não estava construindo a sua força, a sua grandeza. É mais ou menos isso, de ouvido, da infância, mas esse cara anda comigo pela vida afora, e sempre que dá medo de não agüentar eu penso nele.)